João Crestana – presidente da CII/CBIC e presidente do Secovi-SP
Após a posse de Lair Alberto Soares Krähenbühl na Secretaria Estadual de Habitação, a Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CII/CBIC) passou a ser presidida por João Crestana , eleito presidente do Secovi-SP em agosto passado.
Neste ano, a CII/CBIC deu continuidade às reuniões itinerantes iniciadas em 2006. O primeiro encontro foi em Brasília, no mês de março, ocasião em que se iniciou a elaboração de trabalho para estimular a produção de Habitações de Interesse Social (HIS). Como resultado de tal proposta, foi assinado protocolo de intenções entre a CBIC e representantes de Movimentos Sociais de Moradia, com o objetivo de criar uma política perene de habitação e, assim, atender às camadas populacionais de mais baixa renda que dependem de subsídios. A segunda reunião itinerante foi realizada no mês de julho, em Salvador/BA.
Durante a 79ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), que aconteceu no mês de outubro, em Brasília/DF , a necessidade de produção de HIS em escala ganhou destaque. Na oportunidade, o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Otávio Damaso, reafirmou o interesse do governo de garantir a segurança jurídica e o crescimento do crédito imobiliário. A inadimplência, um dos principais problemas do setor, está perdendo força com a instituição da alienação fiduciária, mas, de acordo com Damaso, são necessários alguns avanços para garantir o crescimento sustentado do setor, tais como: governança corporativa em pequenas e médias empresas, independentemente de haver interesse em abrir capital na Bolsa; investimento empresarial na construção de empreendimentos voltados para a locação; diminuição da burocracia; instituição do cadastro positivo; e ampliação do mercado de seguros, como alavanca para o desenvolvimento da securitização de recebíveis.
A CII mantém sua postura em defesa da continuidade do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), da Caixa e para 2008, pretende continuar os trabalhos junto à Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) de padronização de cláusulas contratuais como alavanca do mercado de capitais.
Também, manterá o acompanhamento de projetos de lei de interesse do setor de maneira a garantir a integridade do PL 3.057/2000, que altera a Lei 6.766/79 (Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo), ainda passível de aprovação no Congresso Nacional.