Comercialização e Marketing

* Elbio Fernández Mera

Um cenário econômico favorável impulsionou o mercado imobiliário em 2010, com desemprego em baixa, renda média em alta, ampliação do crédito, redução da taxa de juros e prazo de financiamento mais longo. Essa combinação de fatores permitiu que a prestação coubesse no bolso do consumidor interessado em adquirir a casa própria ou trocar seu imóvel por outro maior. Ou seja, fazer um up grade, melhorar a qualidade de vida.

Aliado a esses aspectos, o aumento na confiança do consumidor contribuiu para alavancar as vendas, aquecendo o mercado de novos e com reflexos positivos também no segmento de usados, que experimentou excelentes momentos ao longo do ano que passou. O Sisp (Salão Imobiliário São Paulo) e a Rede Secovi de Imóveis, também neste sentido, se destacam como importantes ferramentas para potencializar o mercado de novos e usados.

Sempre é bom lembrar que, só na área de imóveis novos residenciais, o mercado na cidade de São Paulo poderá experimentar crescimento da ordem de 5% em 2011, sobre as 35 mil unidades escoadas no ano que se encerrou. Na Região Metropolitana de São Paulo, a comercialização tende a crescer muito mais. Há cinco anos, as cidades da Grande São Paulo representavam apenas 26% do total de lançamentos. O crescimento e a expansão das atividades imobiliárias nos municípios vizinhos possibilitaram a equiparação do volume lançado na Capital com a soma das demais cidades, que hoje representam cerca de 50%.

Vale ressaltar também a predominância dos imóveis econômicos e supereconômicos nas cidades localizadas no entorno da Capital, com previsão de crescimento dos lançamentos e vendas no ano que se inicia.

O volume de crédito imobiliário previsto para 2011, da ordem de R$ 75 bilhões a R$ 80 bilhões, equivale a incremento de 50% sobre o total viabilizado com recursos da poupança em 2010 (R$ 57 bilhões). Em cenário tão promissor, os instrumentos disponibilizados pelo Secovi-SP - no caso, Salão Imobiliário São Paulo e Rede Secovi de Imóveis -, permitirão ao empresário se antecipar nas estratégias e no atendimento ao consumidor.

Nos plantões de vendas e nas imobiliárias, é evidente a mudança no perfil dos clientes, que estão mais exigentes e conscientes daquilo que buscam. Isso requer aperfeiçoamento e atualização constantes não só dos corretores, mas das equipes que atuam nas empresas do mercado, algo que o Secovi-SP persegue insistentemente, por meio de treinamentos, cursos e palestras da Universidade Secovi, do PQE (Programa Qualificação Essencial) e da Rede Secovi de Imóveis. Somadas a iniciativas como a Convenção Secovi – o grande fórum de debates da indústria imobiliária -, tais ações fazem do Sindicato da Habitação a maior fonte de informação e de transmissão de conhecimento profissional da América Latina.

Para 2011, portanto, nossas expectativas são as melhores possíveis, com o mercado atento às necessidades desse novo cliente. Apesar das mudanças nos poderes Executivo e Legislativo, o ambiente deve ser favorável ao desempenho de nossas atividades. Ainda que ocorram indispensáveis ajustes, tudo indica que a cadeia produtiva imobiliária vai continuar recebendo atenção do governo, pois, além de forte indutor da economia, movimenta diversos outros setores e contribui para a geração de emprego e renda. Sem contar o fato, concreto e extremamente positivo, de a presidente Dilma Rousseff ter sido a idealizadora, junto com a iniciativa de empresários do setor, do Programa Minha Casa, Minha Vida, que possibilitou o acesso da população de mais baixa renda à casa própria.

 

* Elbio Fernández Mera é vice-presidente de Comercialização e Marketing