Interior

* Flavio Amary

Constatamos em 2010 a mesma tendência crescente dos últimos anos, em relação à migração de habitantes para o Interior, principalmente para as cidades no raio de 100 a 150 km da Capital. A qualidade de vida, a segurança, a disponibilidade de áreas e a melhora significativa da mobilidade, com infraestrutura e estradas melhores, são alguns dos fatores que estimulam tal comportamento, contribuindo para que o mercado imobiliário crescesse, mantendo-se aquecido.

A descentralização de centros universitários e das indústrias também favorece a fuga das grandes metrópoles. Assim, o advento da tecnologia em cidades em expansão como Sorocaba, Campinas e São José dos Campos garantem boa estrutura no Interior.

Ao longo de 2010, e de acordo com a lei da oferta e da procura, cada região praticou um preço específico, no que tange à comercialização e locação de imóveis. A velocidade de vendas mostrou-se parecida com a de São Paulo. Contudo, no Interior certamente existem mais áreas, sendo possível, portanto, comprar ou locar um imóvel ou um terreno maior e mais confortável do que na Capital, a preços relativamente iguais.

Como perspectiva de médio prazo, uma preocupação que temos é justamente com o crescimento populacional dessas cidades. Esse processo não pode acontecer de forma desorganizada. Uma cidade mal planejada causa problemas de mobilidade urbana. É importante que os interlocutores públicos e privados – e nesse contexto, o mercado imobiliário, com auxílio do Secovi-SP, por meio da vice-presidência do Interior -  de cada município discuta que futuro deseja para si daqui em diante.

 

* Flavio Amary é vice-presidente do Interior