Balanço do Mercado Imobiliário 2007

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Atividade Internacional

 

Romeu Chap Chap

Carlos Campilongo Camargo

Laerte Temple

‘Embaixada’ do mercado imobiliário brasileiro em diversos países

A busca de exemplos e investidores fora do País é indispensável. O Secovi-SP tem trazido significativas contribuições nos exemplos dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia e vai manter o incentivo a essa atividade, aperfeiçoando parceiras, estimulando a participação plural dos diretores nas delegações internacionais e acompanhando resultados obtidos com essas missões

O mercado imobiliário é global. Embora não se exporte um imóvel, exporta-se a sua titularidade, o que pode gerar bons negócios. Esta já é uma boa razão para o Secovi-SP continuar investindo em atividades na sua área Internacional, cuja responsabilidade na nova gestão fica dividida entre Romeu Chap Chap, Carlos Campilongo Camargo e Laerte Temple. “A área funciona como uma ‘embaixada’ do mercado brasileiro em outro país”, compara Temple. “Queremos que o Secovi-SP tenha reconhecimento internacional como a principal porta de acesso para se realizar negócios imobiliários no mercado interno e externo.”

Missões técnicas são um bom exemplo. “Realizamos missões ao Exterior e recebemos visitantes de outros países. São oportunidades para acessar ou compartilhar inovações tecnológicas, práticas comerciais e de marketing, projetos de revitalização de centros urbanos, novas ideias para a municipalidade, dentre outros”, destaca Temple. Desse trabalho surgiram projetos como o consórcio imobiliário. As missões viabilizam acesso a educação, formação e ampliação de networking e, em especial, abrem oportunidades para realização de negócios e concretização de parcerias entre empresários brasileiros e estrangeiros. “A área identifica tendências e produtos novos no mercado e aproxima as partes interessadas do Brasil e do país interessado em fazer seus investimentos”, comenta.

Um dos papéis do Secovi-SP é trazer conhecimento para os associados. Para tanto, o Sindicato estabeleceu parcerias com importantes entidades internacionais como a Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (Fiabci), National Association of Realtors (NAR), Institute of Real Estate Management (IREM), Realtor Association of Greater Miami and the Beaches (RAMB) e Urban Land Institute (ULI), estimulando uma efetiva participação dos diretores nas delegações internacionais e o reporte de resultados trazidos dessas missões. “Incentivamos a participação dos associados em nossas missões e intercâmbios, que vêm sempre acoplados a algum congresso do setor. Depois, procuramos agendar encontros com os demais membros da diretoria para compartilhar o que foi visto e aprendido”, diz.

Ideias de novos cursos para a Universidade Secovi surgem também das viagens e intercâmbios. “Conhecemos profissionais e consultores imobiliários muito qualificados durante as missões, que são convidados para dar aulas, seminários, participar da Convenção Secovi, da Semana Imobiliária”. Um bom exemplo foi a presença do economista-chefe da NAR, Lawrence Yun, nos debates da Convenção Secovi 2008, falando sobre a origem da crise imobiliária americana. Ajudou o empresário brasileiro a entender melhor o que estava acontecendo, a refletir e buscar suas próprias soluções.

Para Romeu Chap Chap, que também preside o Conselho Consultivo do Sindicato, saber o que acontece no mundo e mostrar ao mundo o que ocorre no Brasil é indispensável. “Participo de eventos internacionais desde a década de 80. Feiras, seminários, congressos se constituem em grande oportunidade de aprender e ensinar. Graças a essas experiências introduzimos no Brasil várias inovações, como a reurbanização de favelas (Projeto Cingapura), Leilão de Imóveis, Redes Imobiliárias. Em parceria com a Faap – Fundação Armando Álvares Penteado, introduzimos o curso de City Manager ou Gerente de Cidades. No Salão Imobiliário de Madrid (SIMA), Barcelona Meeting Point, Mipim e Mapic, em Cannes, pronunciamos palestras mostrando as oportunidades do mercado imobiliário brasileiro”, afirma.

Conforme Chap Chap, o fato de o Brasil ter despertado o interesse do capital estrangeiro se deve muito à presença do Secovi-SP em iniciativas nesses fóruns. “Apresentamos aos investidores o potencial de nosso mercado e do País. Este é um dos importantes papéis do Sindicato com vistas à atração de recursos, intercâmbio de conhecimentos e introdução de novas tecnologias”, conclui.