Balanço do Mercado Imobiliário 2007

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Projetos Especiais


Walter Lafemina

Eduardo Gorayeb


Segurança a projetos e empreendimentos

A nova área de Projetos Especiais do Secovi-SP vai atuar firmemente para exercer com legitimidade seu direito e dever de representar os interesses setoriais de agente político transformador. Trabalhará para a melhoria da imagem do setor; garantia da segurança jurídica das atividades do mercado; desenvolvimento e consolidação de política habitacional perene de Estado

O esforço por estabelecer uma política habitacional concreta no Brasil, que contemplasse também o segmento econômico, motivou o Secovi-SP a criar uma nova área de atuação chamada Projetos Especiais.

Para Eduardo Gorayeb, que divide as responsabilidades da área com Walter Lafemina, o País se deu conta de que o setor imobiliário – segmento gerador de grande volume de emprego no curto prazo – poderia ser uma das soluções para alavancar o crescimento e combater os efeitos da crise mundial. O governo federal consultou os empresários do segmento para que contribuíssem com a estruturação do programa Minha Casa, Minha Vida.

“Pela primeira vez fomos ouvidos e atendidos em nossos pleitos. O programa foi estruturado de acordo com as expectativas da população de baixa renda, atendendo, também, aos anseios do mercado imobiliário. Por isso é um sucesso o Minha Casa, Minha Vida, que foi muito bem elaborado. Como resultado temos empresas e entidades envolvidas para fazer um trabalho consistente e com a finalidade de prolongar o programa”, cita Gorayeb.

Uma das ênfases do trabalho da recém criada área de Projetos Especiais é aproximar o Sindicato das empresas de capital aberto, que reúnem capacidade de produção em larga escala. “São elas que estão viabilizando o início do programa Minha Casa, Minha Vida, já que as empresas menores não dispõem de igual condição em curto prazo”, diz Walter Lafemina, coordenador estratégico da área.

Apesar da ousada meta do governo de construir 1 milhão de casas até 2010 – iniciativa inédita no País –, a proposta mudou a expectativa e percepção do mercado. “Isso mostra que quando há políticas corretas voltadas às necessidades da nação, as adversidades têm impacto menor no mercado. Estávamos em plena crise – prevista para ser de longa duração. Com esse programa, a situação se reverteu imediatamente”, lembra Lafemina.

Para Gorayeb, o segmento de baixa renda não era notado. Não havia atenção ou investimento. Hoje, desvendou-se um mercado bastante promissor. O programa Minha Casa, Minha Vida veio para ficar e será uma mola propulsora para um programa habitacional consistente, perene e de Estado. “As classes C e D finalmente reúnem condições de financiamento - graças à atenção do governo, que se mobilizou para tornar isso viável, além de retirar taxas e oferecer subsídios. O programa está movimentando a economia, o que indiretamente gera impostos e outras receitas”, diz.

Com a sua trajetória no Secovi-SP alicerçada na busca pelo relacionamento refinado da entidade junto às esferas governamentais com foco no aperfeiçoamento do segmento de incorporação, Gorayeb pretende contribuir com o desenvolvimento e a continuidade do Minha Casa, Minha Vida. “O Secovi-SP pretende criar uma estrutura capaz de acompanhar os fatos relacionados ao programa e seu aprimoramento, essencial para que o País desenvolva uma política habitacional de Estado. E, para facilitar o cumprimento da tarefa, será contratado um profissional com expertise no mercado imobiliário, que se dedicará exclusivamente ao tema, tendo como base o Sindicato”, adianta o empresário.

Um dos outros objetivos da área de Projetos Especiais é unificar as ações de empresários e entidades representativas do segmento imobiliário. ”Isso fará com que o Sindicato amplie sua representatividade. A meta é ter um discurso único e um trabalho estruturado. O setor vem se organizando com a finalidade de colaborar para o êxito do programa”, explica.

A área também possui o papel de servir de ponte no relacionamento do Secovi-SP com outros parceiros, para que a entidade tenha uma participação mais efetiva nos programas e ações do setor. “O programa está em fase de consolidação e adequações. A estrutura do Sindicato permite o acompanhamento do Minha Casa, Minha Vida junto aos outros órgãos envolvidos, como a Caixa Econômica Federal, o governo e demais entidades, sem perder o foco”, conclui Lafemina.